Um dos alvos da operação “Scelerum Fructus” desencadeada pela Polícia Federal, na última quinta-feira (15), que cumpriu mandados judiciais em seis estados, foi preso em Palmas.
A reportagem do PORTALMV teve acesso as informações que confirmam que se trata do jovem David Xavier Brito, ex-acadêmico de Ciência da Computação na UFT – Universidade Federal do Tocantins – e de Sistemas da Informação no CEULP – Centro Universitário Luterano de Palmas.
Conforme os fatos apurados, com o enorme conhecimento que adquiriu, o investigado se associou com outros hackers para criar programas e sistemas direcionados ao cometimento dos crimes virtuais.
“O investigado possui grande conhecimento na área de informática, o qual seria utilizado no desenvolvimento de diversos programas e sistemas cujo propósito era o cometimento de fraudes eletrônicas e a invasão de dispositivos eletrônicos e de informática para a obtenção de dados e informações privadas”, trecho extraído da decisão sobre a prisão do acusado.
A Polícia Federal concluiu que a quadrilha cibernética vem atuando desde 2018 e já cometeu diversos tipos de crimes virtuais, dentre eles, fraudar pagamentos do auxílio emergencial causando prejuízos que podem chegar a R$ 1 milhão.
Como a PF chegou a David
As averiguações dos agentes federais apontaram que, em um mês, nove benefícios foram direcionados para David Xavier que recebia os recursos através de boletos bancários.
A PF conseguiu identificá-lo depois que recebeu denúncias de beneficiários do auxílio emergencial relando sobre saques indevidos em suas contas.
O ex-universitário que se aproveitou do conhecimento que adquiriu para se juntar a outros criminosos fazia parte de um grupo em todos se gabavam pelas habilidades e falavam sobre as fraudes abertamente.
Segundo a PF, há quatro anos, o bando vem praticando furtos em contas bancárias; compras na internet com cartões de terceiros; vendas de produtos inexistentes em sites clonados; apropriação de valores do FGTS; e desvio de pagamentos do auxílio emergencial.
Com os altos valores auferidos criminosamente, os hackers compraram imóveis de alto padrão; caminhões; quase um milhão de reais em criptomoedas; e pacotes de viagens internacionais, principalmente, para Dubai e Cancun.
Os envolvidos podem responder por organização criminosa, furto mediante fraude, estelionato e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem chegar a mais de 20 anos de prisão.
Seis estados
As ordens foram expedidas pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Palmas, foram cumpridas em seis estados, nas seguintes cidades: Palmas (TO); Atibaia, Tatuí e Mogi das Cruzes (SP), Vitória da Conquista (BA), Areia Branca (RN), Goiânia (GO) e Pelotas (RS).
Nome da operação
Conforme a PF, o nome da operação significa “frutos do crime” em latim.
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