O Instituto Butantan detectou pela primeira vez no Brasil uma nova sublinhagem da ômicron: a BN.1. A variante da Covid-19, que já afeta Estados Unidos, Europa e Austrália, foi identificada em uma mulher de 38 anos, moradora da cidade de São Paulo.
Derivada da BA.2.75 da ômicron, a variante foi encontrada em uma amostra coletada em 27/10. No entanto, o Butantan divulgou o resultado do teste nessa segunda-feira (21/11).
Variante de menor impacto
Contudo, a BN.1 não é uma variante de preocupação para a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ou seja, não se trata de uma categoria mais transmissível e, portanto, não deve causar grande impacto.
BN.1 e outras variantes
A BN.1 foi identificada primeira vez no sistema Pango de linhagens do SARS-CoV-2 na Índia em 28/7. Atualmente, a variante é encontrada, principalmente, nos Estados Unidos (16% de todas as amostras de BN.1 encontradas no mundo), no Reino Unido (15%), Áustria (14%), Austrália (14%) e Índia (11%).
Segundo a bioinformata, essa e as demais variantes que estão circulando no estado paulista demonstram não ter o mesmo potencial das responsáveis pela nova onda de Covid-19 no Brasil e em outros países.
“Existem várias novas variantes já descritas que estão circulando no estado de São Paulo, mas sem força suficiente para sobrepor a BQ.1.1”, afirmou Gabriela.
XBB.1 e CK.2.1.1
Duas novas sublinhagens da ômicron foram detectadas na semana passada pelo CeVIVAS. Recombinante entre as sublinhagens BA.2.10.1 e BA.2.75, a XBB.1 foi identificada em uma amostra da cidade de São Paulo. A XBB.1 foi classificada pela OMS como Variante sob Monitoramento (VUM).
Já a CK.2.1.1 havia infectado uma pessoa em Ribeirão Preto, no interior do estado paulista. Essa variante já foi identificada na Alemanha, nos Estados Unidos, na Dinamarca, na Espanha e na Áustria.