Uma grande operação policial intitulada “Pecunia Non Olet” deflagrada em cinco estados brasileiros, cumpriu mandando de busca e apreensão, nesta sexta-feira (11), em uma propriedade rural no município de Porto Nacional, região central do Tocantins.
O alvo das ações é um homem de 59 anos, de nome não divulgado, que pode estar envolvido com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. No imóvel, foram encontrados indícios de que o local era usado para rinhas de galos.
De acordo com o delegado Afonso Lyra, da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), foram encontradas quatro armas de fogo; munições diversas; 41 galos em situação de maus-tratos; duas arenas usadas para rinhas; e balanças; máquina de cartão de crédito e quadro de apostas.
Após a identificação de maus-tratos de animais, a fiscalização do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) foi acionada para fazer a constatação de crime ambiental. A equipe do órgão ficou encarregada de fazer a retirada dos animais do local e aplicar multa ao responsável. A perícia oficial da Polícia Científica também constatou a situação de maus-tratos aos animais.
O investigado responsável pelo local foi conduzido para a DRACCO para prestar depoimento e depois foi encaminhado a Unidade Prisional de Palmas.
O começo
A investigação foi iniciada em setembro de 2020 com o objetivo de identificar e desarticular Organização Criminosa voltada à prática dos crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro nos estados do Pernambuco, Bahia, Pará, Mato Grosso e Tocantins.
Ao todo, nesta sexta-feira foram cumpridos 17 mandados de prisão; 18 mandados de busca e apreensão em domicílios; sequestro de bens e bloqueio de ativos financeiros. As ordens judiciais partiram do Juízo da Vara Criminal da Comarca de Salgueiro (PE).
Nome da operação
A expressão latina pecúnia non olet (o dinheiro não tem cheiro), refere-se à questão que o Estado não está impedido de tributar uma renda pelo fato dela ser ilícita. Não importa para a incidência tributária a origem da riqueza, devendo ser tratados de forma igualitária os rendimentos do trabalhador e do criminoso.
Fotos: Divulgação
Com informações da SSP-TO
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