O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Tocantins (MPTO), com o poio da Polícia Civil, está cumprindo 13 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de integrar um suposto esquema criminoso que atua no Departamento de Trânsito do Tocantins (Detran).
A Operação Scammers foi deflagrada nesta terça-feira (18/10) nas cidades de Palmas e Colinas do Tocantins, onde o grupo estava agindo de forma ilegal para agilizar processos dentro do órgão.
Além das sedes do Detran em Palmas e na Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Colinas, as ordens judiciais também foram cumpridas em três empresas e nos endereços de oito investigados.
A ação é um desdobramento da operação Donatio, realizada no início de 2021, em Palmas e Araguaína, quando foi apreendido celular de um despachante, contendo indícios de cooptação de servidores do órgão para fraudar e agilizar processos. Na época, a investigação era contra um grupo suspeito de fraudar certificados para condutores de transporte de passageiros e de produtos perigosos.
As investigações envolvem servidores do Detran, da Ciretran de Colinas e proprietários de despachantes. Dados telefônicos, bancários e fiscais avaliados mediante quebra de sigilos autorizada pela Justiça indicam que eles agiam de forma articulada, ao menos, desde o ano de 2020, adulterando processos.
Para executar os serviços ilegais, os servidores recebiam pagamentos diretamente ou por meio de seus familiares. Conforme as investigações realizadas pelo Ministério Público, foram identificados pagamentos a servidores do Detran e da Ciretran, por meio de comprovantes e outros documentos que estavam no celular.
As pessoas envolvidas no esquema criminoso ainda serão ouvidas pelo Ministério Público.
Scammers
Scammers (ou fraudadores, em tradução livre) são perfis maliciosos usados para realizar golpes na Internet. O número de esquemas tem crescido tanto que o Instagram, em novembro de 2018, se posicionou contra os perfis criminosos. O ambiente online acaba facilitando ações ilegais, por conta da dificuldade de rastrear o criminoso e a falta de informação dos internautas de como denunciar.
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