Em 16 dias, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu ao menos 83 denúncias de notícias falsas, descontextualizadas ou manipuladas sobre o processo eleitoral brasileiro. Ou seja, desde 21 de junho até 6 de julho, pelo menos cinco notícias mentirosas em redes sociais foram comunicadas à Corte Eleitoral por dia, em média.
Exemplos de desinformações contra as eleições:
– Informações equivocadas sobre a participação nas Eleições 2022, com a distorção de dados relativos a horários, locais de votação e documentos exigidos;
– Utilização de contas falsas, com uso da imagem da Justiça eleitoral, para compartilhamento de informações falsas sobre o pleito;
– Ameaças aos pontos de votação ou a outros locais ou eventos importantes;
– Informações não verificadas sobre fraude eleitoral, adulteração de votos, contagem de votos ou certificação dos resultados da eleição; e
– Veiculação de discurso de ódio e incitação a violência para atacar a integridade eleitoral e os agentes públicos envolvidos no processo.
Desmentindo
No último mês, por meio do canal Fato ou Boato, o TSE desmentiu conteúdos disseminados nas redes sociais e comentados por políticos como verdades. Entre as mentiras contestadas, consta um áudio ilegítimo em que o ex-diretor do Datafolha narrava suposto plano para fraudar urnas.
O áudio falso, atribuído a Mauro Paulino, foi desmentido pela Corte.
Em outra ocasião, circulou nas redes sociais um print de um tuíte de uma deputada federal no qual ela afirmava que determinado candidato não ocuparia a Presidência, se “as eleições de 2018 não tivessem sido fraudadas”.
Na publicação, a parlamentar disse ainda que não aceitaria “nenhum tipo de golpe contra a democracia” do país. “A postagem é verdadeira, porém foi compartilhada de forma deturpada para sugerir que as urnas eletrônicas poderiam ser fraudadas”, ressaltou o TSE.
Do Metrópoles
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