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Em recuperação da pandemia, a economia brasileira vem gerando mais empregos com carteira assinada. Houve um crescimento de 8,5% em relação a janeiro de 2020 (antes da pandemia). Mas os salários iniciais estão menores. Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Previdência, mostram que o salário médio dos trabalhadores contratados em abril deste ano é 9,34% inferior ao valor verificado em janeiro de 2020, já considerando os ajustes pela inflação.

Segundo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), indicador medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que serve de parâmetro para negociações salariais de diversas categorias profissionais, os salários de contratação deste ano também estão abaixo dos registrados um ano atrás, quando a crise sanitária era mais intensa. Para os economistas, os números traduzem essa percepção de que o país está gerando mais vagas, mas com salários menores.

Em janeiro de 2020, o salário médio de contratação era de R$ 1.735,87. Se atualizado pela inflação até abril deste ano, esse valor seria equivalente a R$ 2.102,97. Conforme o Caged, o salário de contratação em abril deste ano foi de R$ 1.906,54. Ou seja, considerando a inflação, o salário de hoje é menor que o do início de 2020.

“A queda do desemprego veio muito em função da redução salarial. Não é de se surpreender que tenhamos no Brasil um processo de empobrecimento grande, com as pessoas entrando na insegurança alimentar.”, disse Baghdassarian.

Pelos dados do Caged, após a forte queda do emprego formal provocada pela pandemia no primeiro semestre de 2020, o estoque de vagas com carteira assinada passou a subir, embora mais pessoas estejam empregadas atualmente, as remunerações estão menores do que se viu antes da pandemia.

Do IGNotícias


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