De novembro de 2021, quando Jair Bolsonaro quebrou o período de dois anos sem partido e decidiu se integrar aos quadros do Partido Liberal (PL), até abril de 2022, data da última inserção de dados na plataforma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PL só ganhou 9,1 mil novos filiados.
O crescimento nos quadros do PL nos últimos meses era esperado, dada a filiação do presidente — que carregou consigo deputados, senadores, vereadores e prefeito para a sigla —, assim como ocorreu com o PSL em 2018.
“Eu entendo que nem todo filiado é um militante. Muitos partidos têm um número alto de filiados, mas isso não é convertido em militância”, diz ela. “Enquanto isso, tem pessoas que são militantes, mas não querem se filiar a nenhum partido. Podem até acompanhar aquela ideologia partidária, mas não são efetivamente filiados”, prossegue.
Na visão de Carla, o aumento no número de filiados ao PL pode favorecer a campanha à reeleição de Bolsonaro. “Isso significa uma maior capilaridade eleitoral nos estados e nos municípios. Quando se tem um maior número de filiados, principalmente no tocante a representantes do povo, logicamente se garante mais palanques”, explica.
Outro partido que também cresceu em número de filiados foi o Republicanos (foram 6,5 mil a mais entre novembro de 2021 e abril de 2022). Esse aumento ocorreu porque ministros, parlamentares e aliados do entorno do presidente escolheram a legenda para se associar. O partido é um dos com que Bolsonaro conta na sua coligação.
O número de filiados demonstra a força do partido e a sua representatividade na sociedade. A filiação partidária é a forma que um eleitor tem de criar vínculo com um partido político. Ela garante participação mais ativa nas discussões partidárias. Não se filiam apenas aqueles que desejam se candidatar a cargos eletivos, mas todos que desejam algum tipo de envolvimento nas decisões.
Do Metrópoles
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