Nunca acreditei tão piamente numa eventual prorrogação de mandatos como agora. Todos os motivos que justificam tal medida estão evidentes. Os debates entre deputados federais e senadores que podem decidir estão cada vez mais afinados. E tem até integrantes do Governo Federal defendendo a protelação do pleito deste ano.
Claro que os operadores da lei das comarcas aos tribunais vão defender o cumprimento da legislação atual, entretanto, alguns admitem que uma nova lei pode ser criada pelo poder que detém tal prerrogativa. E se isso vier a acontecer, só resta ao judiciário fazê-la cumprir.
Fundo partidário deste ano será usado no combate à pandemia; prazo de janela, filiações e transferência de domicílio está terminando; pré-campanha com reuniões pode provocar contaminações; nada de aglomerações. Os motivos são muitos e as probabilidades são claras.
Pensando aqui de forma visionária vou até mais longe: as eleições deste ano podem ser adiadas e as de 2022 também.
Procrastinando o pleito de 2020 consequentemente os mandatos de prefeitos e vereadores serão prorrogados. Para não ficarem só com quatro anos de mandato, os atuais parlamentares federais e governantes encontrarão pretextos suficientes para esticar suas gestões até 2024.
E os motivos? Ah! poderão alegar que não tem dinheiro suficiente para as eleições conjuntas e culparão os gastos com a pandemia de 2020; suas atuações foram sacrificadas; os eleitores podem se complicar na hora de votar em todo mundo de uma só vez. Enfim, não faltará argumento.
Posso estar errado, mas, reitero: as eleições deste ano podem ser adiadas sim. E se forem, as de 2022 também serão.
Da Redação/Aurivan Lacerda